terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Adeus

Aqui te ganhei, aqui te perdi.

Você chegou em um lindo dia de verão, o sol ainda brilhava no céu azul. Você, amarela, era o próprio sol, ainda que um pouco sem brilho.

Mas como me ganhou fácil! O contrário era quase impossível. Como não me apaixonar por você?

E de mansinho, foi conquistando todo mundo. Bem, quase todo mundo...

Mas aí a gente resolve fazer a besteira de voltar para onde tudo começou e meu receio inicial prevaleceu. Você se foi sem olhar para trás ou qualquer despedida. E eu fiquei te esperando, coração na mão e a certeza de que te perdi.

No dia em que resolveu partir, fazia um mês que havia te conhecido. Triste coincidência! Como é ruim voltar sem você! E cadê o sol? Só chove, chove...

Então só me resta pedir a Deus que te proteja onde quer que esteja! Adeus!

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Vamos falar de aborto

A polêmica da vez é o aborto.

Acho que este assunto precisa ser muito mais discutido antes de sua legalização, pois, por ser um assunto tão sério, não podemos ser favoráveis ou contra levando em consideração somente nossos desejos. Eu ia escrever um simples post no facebook, mas ficou maior do que imaginava. Então, resolvi ampliar o texto e debater as frases que tenho lido por aí.

Gostaria de fazer uma observação interessante. Quem se declara pró-vida é muitas vezes visto como aquele que é contra o direito das mulheres, mas é exatamente o contrário. O aborto pode trazer graves consequências físicas e psicológicas. Se você quer lutar pelo bem-estar das mulheres, lute para que elas possam se informar, se proteger e evitar a gravidez indesejada.

Vejo algumas mulheres se declarando a favor... Mas no corpo das outras! “Estou grávida, mas não sou contra!” Ah sim, se a outra vai ter remorsos, problemas psicológicos ou se arrepender, ok! Não é comigo. Outras mulheres dizem “Quero ter o direito de escolher o momento certo para ser mãe”. Mas aí aquele futuro pai canalha não vai querer dizer a mesma coisa? “Não quero ter um filho agora! Sou muito novo/pobre/imaturo/etc para ser pai neste momento.” Então as feminazi podem dizer: “Mas os homens já fazem isso ao abandonar namoradas grávidas!” Sim, eles fazem! E você que é mulher e futura mãe vai fazer o mesmo com seu filho? Um erro justifica o outro? Então se o marido abandona esposa e filhos, a mulher vai fazer o mesmo? Já que ele largou as crianças, não quer mais saber delas, eu também vou fazer isso. Tá certo????

“Meu corpo, minhas regras” 
Seu corpo, sua vida. O feto não é sua vida. É outra vida que não lhe pertence!  Uma mãe não pode matar seu bebê, pode? E por mais que você não queria aceitar, ele está vivo. Bate um coração naquele corpinho indefeso. O aborto é permitido até a 12ª semana de gestação (No Brasil em casos de esutpros e risco de vida para a mãe). Neste período, o feto já tem braços, pernas, as unhas de mãos e dedos se formam, ele tem face com aspecto humano, coluna vertebral, conexões neurológicas e reflexos. E tem gente que ainda não considera o feto como um ser vivo?

Mais algumas frases que vejo por aí:

“Os casos de aborto vão diminuir”
Como assim vão diminuir? Se na ilegalidade, diante de tantos riscos as mulheres abortam, imagine legalizando? Vamos falar sobre os países legalizados. Na Austrália, o número de abortos em 1985 foi de 66.000. Em 2005, o número registrado foi de cem mil! A Espanha é outro país que teve o número de abortos aumentado de forma assustadora. Foram 60 mil em 2000 e passou para 91 mil em 2005. Nos Estados Unidos, os números são ainda mais alarmantes. Vintes anos após a legalização, houve um aumento de 700%!!! Se em 1970 foram realizados 200 mil abortos, em 1989 um milhão e quatrocentos mil abortos foram feitos!

“Não é a favor do aborto? Não faça um!”
Ah então você não é a favor de um assassinato? Não cometa um! Não é a favor do estupro? Não estupre ninguém! É contra maus tratos infantis? Então não espanque seu filho! Será que esse é o pensamento correto? E o direito do outro? E o direito da criança?

“Os métodos contraceptivos não são 100% eficazes.”
Bem, se a mulher realmente não pode engravidar, então ela deveria ser ainda mais precavida. Poderia unir o uso da camisinha ao da pílula anticoncepcional. Seria muita falta de sorte a camisinha estourar no mesmo período em que a pílula falhar.

DEPOIMENTO DE UMA MOÇA QUE ABORTOU:
Esse mexeu comigo. Eis um trecho: 

Quando terminou, eu tinha a sensação de ter sido violentada. Talvez um estupro seja assim, como se você fosse um saco vazio, uma boneca de pano… Alguma coisa lhe foi tirada. E tinha sido mesmo, para sempre! Não foi arrancado apenas um feto, mas a minha chance de ser feliz, os meus sonhos, a minha paz, a minha auto-estima, tudo! Tudo foi arrancado ali, naquele dia. É como um acidente em que é amputada uma parte do seu corpo e você tem que aprender a viver sem ela. Sempre será difícil, sempre.

É isso que queremos para as nossas mulheres????


Possíveis Consequências do aborto
Físicas: hemorragias, perfurações do útero, infecção, aborto espontâneo, gravidez ectópica (fora do útero), lesões cervicais, entre outros.
Psicológicas: depressão, baixa autoestima, remorso, entre outros.

E então qual é a solução? Investir na prevenção. Fazer uma campanha intensa para que gestações indesejadas não aconteçam. Permitir a laqueadura para aquelas que assim desejarem.

Fonte:

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

À espera do pão

Quando criança, eu gostava de olhar para a torradeira até que a torrada saísse queimada. Ficava concentrada por vários minutos até me distrair ou me cansar e olhar para o lado. Pronto! Naquele instante, a torrada pulava. Foram várias tentativas em vão. Que lição aprendi com isso? Que não adianta ficar olhando para a torradeira. O pão vai sair somente na hora certa. Cresci e ainda uso essa frase sempre que a ansiedade aperta

E como aperta! Mil coisas passando pela cabeça! Excitação diante de tantas possibilidades, expectativas a serem realizadas... Como lidar? Ceder a essa agitação interna não é a melhor solução. É preciso manter a calma e pensar friamente, calcular cada passo, afinal não posso agir com a mesma impulsividade de uma adolescente.

Além disso, resolvi fazer ainda melhor! Não esperarei o pão sair saltitante ou ver meus desejos serem atendidos por um gênio da lâmpada. Eu mesma tomarei minhas decisões, sem esperar por milagres. Se a torradeira está quebrada, eu faço o pão. Torro do meu jeito e uso a cobertura do meu agrado. 
Hmmmm... E não é que me deu uma fome agora!