A polêmica da vez é o aborto.
Acho que este assunto precisa ser muito mais discutido antes de sua legalização, pois, por ser um assunto tão sério, não podemos ser favoráveis ou contra levando em consideração somente nossos
desejos. Eu ia escrever um simples post no facebook, mas ficou maior do que
imaginava. Então, resolvi ampliar o texto e debater as frases que tenho
lido por aí.
Gostaria de fazer uma observação interessante. Quem se
declara pró-vida é muitas vezes visto como aquele que é contra o direito das
mulheres, mas é exatamente o contrário. O aborto pode trazer graves consequências
físicas e psicológicas. Se você quer lutar pelo bem-estar das mulheres, lute
para que elas possam se informar, se proteger e evitar a gravidez indesejada.
Vejo algumas mulheres
se declarando a favor... Mas no corpo das outras! “Estou grávida, mas não sou
contra!” Ah sim, se a outra vai ter remorsos, problemas psicológicos ou se
arrepender, ok! Não é comigo. Outras mulheres dizem “Quero ter o direito de
escolher o momento certo para ser mãe”. Mas aí aquele futuro pai canalha não
vai querer dizer a mesma coisa? “Não quero ter um filho agora! Sou muito
novo/pobre/imaturo/etc para ser pai neste momento.” Então as feminazi podem dizer: “Mas os homens já fazem isso ao abandonar
namoradas grávidas!” Sim, eles fazem! E você que é mulher e futura mãe vai
fazer o mesmo com seu filho? Um erro justifica o outro? Então se o marido
abandona esposa e filhos, a mulher vai fazer o mesmo? Já que ele largou as
crianças, não quer mais saber delas, eu também vou fazer isso. Tá certo????
“Meu corpo, minhas regras”
Seu corpo, sua vida. O feto não é
sua vida. É outra vida que não lhe pertence! Uma mãe não pode matar seu bebê, pode? E por mais que você não queria aceitar, ele está vivo.
Bate um coração naquele corpinho indefeso. O aborto é permitido até a 12ª
semana de gestação (No Brasil em casos de esutpros e risco de vida para a mãe).
Neste período, o feto já tem braços, pernas, as unhas de mãos e dedos se
formam, ele tem face com aspecto humano, coluna vertebral, conexões
neurológicas e reflexos. E tem gente que ainda não considera o feto como um ser
vivo?
Mais algumas frases que vejo por aí:
“Os casos de aborto
vão diminuir”
Como assim vão diminuir? Se na ilegalidade, diante de tantos
riscos as mulheres abortam, imagine legalizando? Vamos falar sobre os países
legalizados. Na Austrália, o número de abortos em 1985 foi de 66.000. Em 2005,
o número registrado foi de cem mil! A Espanha é outro país que teve o número de
abortos aumentado de forma assustadora. Foram 60 mil em 2000 e passou
para 91 mil em 2005. Nos Estados Unidos, os números são ainda mais alarmantes.
Vintes anos após a legalização, houve um aumento de 700%!!! Se em 1970 foram
realizados 200 mil abortos, em 1989 um milhão e quatrocentos mil abortos foram feitos!
“Não é a favor do
aborto? Não faça um!”
Ah então você não é a favor de um assassinato? Não cometa
um! Não é a favor do estupro? Não estupre ninguém! É contra maus tratos
infantis? Então não espanque seu filho! Será que esse é o pensamento correto? E
o direito do outro? E o direito da criança?
“Os métodos
contraceptivos não são 100% eficazes.”
Bem, se a mulher realmente não pode engravidar, então ela
deveria ser ainda mais precavida. Poderia unir o uso da camisinha ao da pílula
anticoncepcional. Seria muita falta de sorte a camisinha estourar no mesmo
período em que a pílula falhar.
DEPOIMENTO DE UMA
MOÇA QUE ABORTOU:
Esse mexeu comigo. Eis um trecho:
“
Quando terminou, eu tinha a sensação de
ter sido violentada. Talvez um estupro seja assim, como se você fosse um saco
vazio, uma boneca de pano… Alguma coisa lhe foi tirada. E tinha sido mesmo,
para sempre! Não foi arrancado apenas um feto, mas a minha chance de ser feliz,
os meus sonhos, a minha paz, a minha auto-estima, tudo! Tudo foi arrancado ali,
naquele dia. É como um acidente em que é amputada uma parte do seu corpo e você
tem que aprender a viver sem ela. Sempre será difícil, sempre.”
É isso que queremos para as nossas mulheres????
Possíveis Consequências
do aborto
Físicas: hemorragias, perfurações do útero, infecção, aborto
espontâneo, gravidez ectópica (fora do útero), lesões cervicais, entre outros.
Psicológicas: depressão, baixa autoestima, remorso, entre outros.
E então qual é a solução? Investir na prevenção. Fazer uma
campanha intensa para que gestações indesejadas não aconteçam. Permitir a
laqueadura para aquelas que assim desejarem.
Fonte: