terça-feira, 9 de setembro de 2014

A vida é dura

Tinha uma apresentadora loira muito famosa na década de 1980 no Brasil que cantava uma música "Ah a vida é uma festa...". Na verdade, essa música é do início dos anos 1990... Bem, isso não importa. O que eu quero falar é sobre a influência que essa música parecer ter exercido sobre as pessoas daquela geração e na educação dos seus filhos.

Hoje tanto se fala em felicidade! Em ser feliz, em fazer nossos filhos felizes... Mas a que custo? E que lição essas crianças aprenderão? Que a vida é uma festa? Que a vida é fácil? Que existem por aí pessoas dispostas a nos deixar felizes o tempo todo? 

Caso alguém ainda tenha dúvidas explicarei: a vida não é uma festa! Ela é difícil e para alcançarmos nossos desejos temos que dar duro, nos sacrificar e abrir mão de um monte de coisas. E mesmo assim ainda tem gente esforçada que não atingiu tudo o que sonhou. 

O mundo não foi feito para realizar os seus desejos.  Faça você mesmo por onde. Corra atrás, lute, se esforce e assim terá mais chances de conseguir o que almeja. 

Mãe é uma só e infelizmente não é eterna. Nem todo mundo vai ser legal ou gostar de você. Não é porque você não está a fim de fazer um trabalho de casa que seu professor vai te livrar da tarefa. Não basta somente ir à escola e achar que somente a sua presença será o suficiente para que aprenda. Você tem que estudar, se dedicar, fazer a sua parte. E se você acha ruim ir ao colégio, espere até a faculdade. Ah mas lá também é ruim e os professores são exigentes? Espere então até ter um chefe. E só pra lembrar: você não vai se formar ganhando uma fortuna. 

Se você é pai ou mãe, eduque seu filho para a vida. Do contrário, haverá mais chances de sofrimento. Não sou contra a felicidade ou o divertimento, claro que não. Porém acredito que devemos buscar o equilíbrio. Não é possível fazermos somente o que é mais legal. Eu creio que estamos aqui neste mundo para aprender, evoluir, para nos doar e respeitar o próximo. E respeito tem faltado e muito! Só o fato de nos colocarmos à frente do outro já não é um sinal de desrespeito?

Na minha experiência em sala de aula o que mais vejo são crianças e jovens que só querem fazer o que é divertido, legal ou o que dá prazer. Fogem da responsabilidade, reclamam de tudo e enfrentam qualquer autoridade. Pequenos reis e rainhas que pensam que devem ser servidos e que tudo cairá do céu atendendo a todas as suas vontades.

Se alguém ainda não entendeu a ideia que quero passar com o meu texto, tente lembrar da histórias dos três porquinhos. O que acontece com os dois porquinhos que não queriam saber de trabalhar? Eles se deram mal quando o lobo mau chegou porque estavam despreparados. E o porquinho trabalhador? Não estava em melhores condições?