quarta-feira, 22 de abril de 2015

Resenha de "Cidades de Papel"

Dizem que não se deve julgar um livro pela capa. (E também sei que esta frase não se refere somente a livros) Porém, faço isso o tempo todo. Mesmo que de forma inconsciente, pela capa de um livro eu sei se vou gostar dele ou não. Acho que acerto em 99% das vezes. Deve ser intuição literária...

Quando comprei Cidades de Papel, de John Green, tive a impressão que não iria gostar do livro. (Sim, pela capa). Mas é do John Green, o mesmo escritor de A Culpa é das Estrelas, livro completamente envolvente E logo ele, tão aclamado ultimamente que achei que dificilmente acharia o livro ruim e então decidi levá-lo mesmo com a sensação de que não curtiria tanto.

O livro não é ruim de todo. A leitura é até agradável. O problema é o tema central. Quentin, o personagem, principal, fica tentando desvendar o mistério do desaparecimento da garota que ele gosta. A questão é que ele se torna um chato atrás de uma menina mimada e manipuladora. Não consigo gostar da garota e a obsessão do cara em encontrá-la é irritante. A única coisa que me fez continuar lendo foi a curiosidade em saber o que aconteceu.


Ainda assim, mesmo com a minha enorme ânsia de saber o final, fiquei com vontade de largar o livro faltando menos de cem páginas para terminar. Para piorar, não me surpreendi com o fim. 

Primeiramente gostaria de entender porque ela agia de determinada forma e isso não ficou claro durante o livro inteiro. Pela fala de alguns personagens, pareceu que seus pais não eram legais. Mas o que exatamente isso quer dizer? Por que ela tinha tanta necessidade de se isolar, de fugir de tudo? Sou uma pessoa que gosto muito de entender o que se passa com as pessoas e esse mistério em torno dela não me agradou nada. Ficou faltando um aprofundamento em torno da personalidade da personagem, mas talvez esta tenha sido a intenção do autor, já que nem seus amigos mais próximos sabiam de fato quem ela era de verdade.

Também fiquei incomodada com a irresponsabilidade e insensibilidade de Margo. Talvez seja caretice de uma mulher de 33 anos lendo um livro voltado ao público adolescente. Mas realmente não gosto de meninas manipuladoras e inconsequentes. Daí dá para entender porque não gostei do livro como um todo. A busca em torno dela é muito irritante e cansativa. Além de repetitiva, pois Quentin não falava de outra coisa com seus amigos e acabou se tornando muito chato. Como ele é o narrador da história, ler este livro é como ficar ouvindo um cara muito mala falar, falar e falar... 

Entretanto, como qualquer livro, Cidades de Papel vale a leitura. Ele não é de todo ruim. Tem alguns momentos melhores, justamente quando não se fala tanto de Margo. Coincidência? Não, na minha opinião. 

domingo, 12 de abril de 2015

Desejo

Um desejo desta noite após uma semana de tanta correria: mais calma, mais tempo.

Mais tempo pra descansar, pra pensar, pra curtir a vida devagar.
Mais calma nas conversas, nas tarefas, no olhar o outro.
Mais descanso e brisa no cabelo. Mais TV e menos e-mails. Mais livros e imaginação. Pernas pro ar, sorriso frouxo e calmaria.

Quero menos prazos e menos pressão. Olhar menos pro relógio ou para a agenda. Queria mesmo era consultar o coração e seguir o que o meu corpo pede: calma e cama. Desaceleração.